PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS

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Página dos Provérbios

Q11

Quem não zela, não ama.

Quem nasce burro, morre burro.

Quem nasce em baixo do banco, nunca chega a se sentar.

Quem nasce na lama, morre na bicharia.

Quem nasce para cachorro, morre latindo.

Quem nasce para cão, há de morrer latindo.

Quem nasce para tatu, há de morrer cavando.

Quem nasce pataca, não chega a vintém.

Quem nasce penso, morre torto.

Quem nasce torto, morre envergado.

Quem nasce torto, morre envesgado.

Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita.

Quem nasce torto, torto morre.

Quem nasceu capão, jamais será garanhão.

Quem nasceu debaixo do jirau, não assenta em cima.

Quem nasceu galinha, gosta de esgravatar.

Quem nasceu para a forca, não morre afogado.

Quem nasceu para a forca, não se afoga.

Quem nasceu para burro de horta, mal pode chegar a ginete.

Quem nasceu para burro, morre pastando.

Quem nasceu para burro, não chega a cavalo.

Quem nasceu para burro, nunca chega a cavalo.

Quem nasceu para cangalha, não dá para sela.

Quem nasceu para cinco, não chega a dez.

Quem nasceu para dez-réis, não chega a vintém.

Quem nasceu para dez-réis, nunca chega a ser pataca.

Quem nasceu para dez-réis, nunca chega a vintém.

Quem nasceu para lagartixa, nunca chega a jacaré.

Quem nasceu para pobre, não chega a rico.

Quem nasceu para porco, nunca chega a porqueiro.

Quem nasceu para ralar coco, morre de cócoras.

Quem nasceu para ser burro de carga, nunca chega a ser ginete.

Quem nasceu para ser cachorro, morre latindo.

Quem nasceu para ser músico, morre cantando.

Quem nasceu para ser sofreu, não pode ser cardeal.

Quem nasceu para ser tatu, morre cavando.

Quem nasceu para tatu, morre cavando.

Quem nasceu para vintém, nunca chega a pataco.

Quem nasceu para vintém, nunca chega a ser tostão.

Quem nasceu roncolho, jamais será garanhão.

Quem nega e depois faz, quer paz.

Quem nesciamente peca, nesciamente vai ao inferno.

Quem no ar se namora, pene e queixe-se do vento.

Quem no corcel passa a ponte, no olho vê a morte.

Quem no jogo faz erro, faz cento.

Quem no paço envelhece, em palheiro morre.

Quem nos dá um osso, não nos deseja morto.

Quem num ano quer ser rico, aos seis meses o enforcam.

Quem numa pedra duas vezes tropeça, merece quebrar a cabeça.

Quem nunca arriscou, nunca perdeu nem ganhou.

Quem nunca comeu mel, quando come, se lambuza.

Quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza.

Quem nunca se aventurou, nunca perdeu nem ganhou.

Quem nunca se aventurou, não perdeu, mas não ganhou.

Quem nunca teve, nunca perdeu; quem nunca perdeu, nada tem que lamentar.

Quem nunca viu Lisboa, nunca viu coisa boa.

Quem nunca viu Sevilha, nunca viu maravilha.

Quem o alheio não sente, não tem quem o lamente.

Quem o alheio veste, na praça o despe.

Quem o asno gaba, tal filho lhe nasça.

Quem o bem fizer, para si é.

Quem o come em chibo, não o come em bode.

Quem o coração quer vingar, sua casa vê prear.

Quem o demo toma uma vez, sempre lhe fica um jeito.

Quem o demo tomou uma vez, sempre lhe fica um jeito.

Quem o é, logo o mostra.

Quem o feio ama, bonito lhe parece.

Quem o feio ama, formoso lhe parece.

Quem o fez, o pague.

Quem o fez, que o pague.

Quem o filho beija, adoça a boca do pai.

Quem o foi, sempre será.

Quem o gosta, o louve, e quem não o gosta, o mofe.

Quem o herda, não o furta.

Quem o inimigo poupa, às mãos lhe morre.

Quem o inimigo poupa, nas mãos lhe morre.

Quem o mal deseja a seu vizinho, vem o seu pelo caminho.

Quem o mal procura, o mal encontra.

Quem o mel trata, sempre se lhe pega.

Quem o meu filho beija, minha boca adoça.

Quem o ouve, não o leva preso.

Quem o ouvir, não o leva preso.

Quem o pássaro quer tomar, não o há de enxotar.

Quem o pouco não agradece, o muito não merece.

Quem o rabo corta, por detrás se descobre. 

Quem o seu cão quer matar, de raiva lhe põe o nome.

Quem o seu cão quer matar, raiva lhe põe nome.

Quem o seu dá, bem o vende, se dá a quem entende.

Quem o seu descuida, o diabo lho leva.

Quem o seu inimigo poupa, fica sem roupa.

Quem o seu inimigo pouca, nas mãos lhe morre.

Quem o tempo sabe poupar, muito vem a ganhar.

Quem obra mal, detesta a luz.

Quem ofende, não perdoa.

Quem oferece, não empobrece.

Quem oferece, não quer dar.

Quem oferece, não quer dar, e quem diz que quer, não tem vergonha.

Quem olha com desagrado, a tudo acha defeito, conforme a paixão do peito.

Quem os defeitos alheios quiser censurar, olhando os próprios, calará.

Quem os meus filhos beija, minha boca adoça.

Quem ostenta a bolsa, quer perdê-la.

Quem outrem serve, não é livre.

Quem ouve conselhos, não chega a velho.

Quem ovelha se faz, o lobo o come.

Quem ovelhas cria, tolo é se não as tosquia.

Quem paga a mula, receberá coices.

Quem paga adiantado, é mal servido.

Quem paga adiantado, é sempre mal servido.

Quem paga bem, paga menos.

Quem paga, comanda.

Quem paga dívida, faz cabedal.

Quem paga dívidas, aumenta fortuna.

Quem paga dívidas, enriquece.

Quem paga dívidas, faz cabedal.

Quem paga logo, paga menos.

Quem paga mal, paga duas vezes.

Quem paga, não deve, e quem deve, não embolsa.

Quem paga o que deve, adquire cabedal.

Quem paga o que deve, aumenta o que é seu.

Quem paga o que deve, sabe o que lhe fica.

Quem paga o que recebeu, o que lhe fica, é seu.

Quem paga suas dívidas, sua fortuna aumenta.

Quem paga tarde, paga duas vezes.

Quem palavras em si não retém, sempre lhe dizem que mais siso tem.

Quem pão e vinho compra, mostra a bolsa.

Quem para adiante não olha, atrás fica.

Quem para o bem não presta, para o mal remedeia.

Quem para os outros abre buraco, nele cai.

Quem para si junta, para os outros poupa.

Quem para si não sabe, nada sabe.

Quem para si não sabe, não ponha escola.

Quem para tudo presta, de nada vale.

Quem pariu a cria, lhe acha graça na baba.

Quem pariu Mateus, que balance o berço.

Quem pariu Mateus, que o embalance.

Quem pariu Mateus, que o embale.

Quem pariu o filho, que lhe ache graça da baba.

Quem parte e reparte e não fica com a maior parte, ou é tolo, ou não tem arte.

Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo, ou não tem arte.

Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é burro, ou não tem arte.

Quem parte e reparte, fica com a melhor parte.

Quem parte, não baralha.

Quem parte os vidros, que os pague.

Quem parte, pensa em bagagens; quem chega, quer tomar banho.

Quem parte velho, paga novo.

Quem partiu, pagou.

Quem passa pela ermida sem rezar um padre-nosso?

Quem passa pelo cabo Não, voltará ou não.

Quem passarinhos receia, milho não semeia.

Quem pássaro há de tomar, não o há de enxotar.

Quem passou o inverno nu, passa o verão, que é mais quente.

Quem pede a vilão, cansa-se em vão.

Quem pede com fortaleza, no dar sente fraqueza.

Quem pede emprestado, umas vezes se faz ruivo, outras descorado.

Quem pede para a candeia, nunca se deita sem ceia.

Quem pede, tem precisão.

Quem pede uma coisa, compra-a pelo preço mais caro.

Quem pede, vende-se, e quem dá, compra.

Quem pedra para cima deita, cai-lhe na cabeça.

Quem pega peso de graça é balança.

Quem pela hera passou e uma folhinha não cortou, de seu amor não se lembrou.

Quem pelo alecrim passou e dele não colheu, ou nunca teve amores, ou deles se esqueceu.

Quem pelo alecrim passou e um raminho não apanhou, do seu amor não se lembrou.

Quem pensa muito, não casa.

Quem pensa, não casa.

Quem pensa, não casa, e quem casa, não pensa.

Quem pensa, não casa, nem faz casa.

Quem pensa, não casa; quem casa, não pensa.

Quem pensa, não dorme.

Quem pensa no mal antes, poucas vezes acontece.

Quem pequena herdade tem, aos passos a mede.

Quem perde a honra pelo negócio, perde a honra e o negócio.

Quem perde a honra pelo negócio, perde o negócio e a honra.

Quem perde a honra pelo negócio, perde o negócio e mais a honra.

Quem perde a mulher, perde muito, quem perde dinheiro, perde muito mais.

Quem perde a riqueza, perde muito; quem perde um amigo, perde mais; quem perde a alegria, perde tudo.

Quem perde a riqueza, perde muito; quem perde um amigo, perde mais; quem perde o juízo, perde tudo.

Quem perde a vergonha, fica dono do mundo.

Quem perde a vergonha, não tem mais que perder.

Quem perde a vontade, perde tudo.

Quem perde dinheiro, perde muito; quer perde um amigo, perde tudo.

Quem perde honra por negócio, perde o negócio e a honra.

Quem perde o dia, não perde o ano.

Quem perde o mês, não perde o ano.

Quem perde o penico, não perde a tampa.

Quem perde só o dinheiro, não se perde por inteiro.

Quem perfuma o porco, perde o cheiro e o juízo.

Quem pergunta, mal não faz.

Quem pergunta, mal não faz, se a pergunta não é néscia.

Quem pergunta, não erra, se a pergunta não é néscia.

Quem pergunta, quer saber.

Quem pés não tem, coices não promete.

Quem pés tem, coices promete.

Quem pesca um peixe, pescador é.

Quem planta cebolas, não lhes sente o cheiro.

Quem planta, colhe.

Quem planta e cria, tem alegria.

Quem planta vento, colhe tempestade; quem planta amor, colhe saudade.

Quem pobreza tem, dos parentes é desdém.

Quem pode, carrega e sai; quem não pode, carrega e cai.

Quem pode e não quer, quando quer, não pode.

Quem pode, luta; quem não pode, escuta.

Quem pode mais, chora menos.

Quem pode nadar e quer voar, tempo virá em que nem nade nem voe.

Quem pode o mais, pode o menos.

Quem pode, pode.

Quem pode, pode; quem não pode, se sacode.

Quem pode ser livre, não se cative.

Quem pode ser livre, não se cative, e quem pode ser todo seu, em ser de outro é sandeu.

Quem pode ser seu, em ser de outro é sandeu.

Quem pode ser seu, não se cative.

Quem pode ser seu, sendo de outro, é sandeu.

Quem pode ser todo seu, em ser doutrem é sandeu.

Quem põe a mesa, põe a negra.

Quem por cobiça veio a ser rico, corre mais perigo.

Quem por cobiça vem a ser rico, corre mais perigo.

Quem por fresta espreita, seus males aventa.

Quem por gosto navega, não deve temer a água.

Quem por greta espreita, seus doilos vê.

Quem por ladeira arriba corre, por sua vontade morre.

Quem, por lhe darem, tira frio, é parvo bem frio.

Quem por morte alheia espera, a sua lhe chega primeiro.

Quem por rodeios fala, com arte anda.

Quem por si me julga, não me ofende.

Quem por si mesmo se rege, obedece a um tolo.

Quem por trabalhos não passa, bem pouco sente os alheios.

Quem porá o guizo no gato?

Quem porcos busca, a cada moita lhe grunhem.

Quem porfia, mata caça.

Quem porfia, mata veado, que nem besteiro cansado.

Quem porfia sem saber, vira-lhe as costas e manda-o beber.

Quem porfia, sempre alcança.

Quem pouco ganha e muito gasta, se não herdou, furtou.

Quem pouco sabe, asinha o reza.

Quem pouco sabe, depressa o reza.

Quem pouco sabe, pouco tem.

G