PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS

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Página dos Provérbios

O1

O abade onde canta, daí janta.

O abandono é quase sempre a sorte dos infelizes.

O abismo chama o abismo.

O abuso das riquezas é pior que a falta delas.

O abuso destrói o uso.

O abuso ensina o verdadeiro uso.

O abuso não é costume.

O abuso não tira o uso.

O abuso vem do costume.

O acaso é pai dos grandes acontecimentos.

O acaso é uma palavra inventada pela ignorância.

O acaso não é senão a causa ignorada de um efeito conhecido.

O acautelado guarda sempre um cantinho para o que der e vier.

O açoite boa mezinha é.

O açor e o falcão, na mão.

O adeus é o fim da esperança e o começo da saudade.

O afobado come cru.

O afogado agarra-se a qualquer palha.

O afogado agarra-se a uma palha.

O afogado agarra-se até em corda podre.

O afogado agarra-se em qualquer galho.

O alcaide e o sol, por onde quer, entram.

O alheio chora por seu dono.

O alheio não bota ninguém para diante, mas ajuda a gente a viver até o da gente chegar.

O amante sabe o que deseja, mas não vê o que lhe cumpre.

O ambicioso porfia e não confia.

O ameaçador faz perder o lugar da vingança.

O amigo certo se conhece nas horas incertas.

O amigo do meu inimigo não é meu amigo.

O amigo do meu inimigo não pode ser meu amigo.

O amigo e o cavalo, é aproveitá-lo.

O amigo e o genro não se acham pelo inverno.

O amigo fingido, conhecê-lo-ás no arruído.

O amigo há de se levar com sua tacha.

O amigo que nos incomoda, pouco dista do inimigo.

O amigo que fala verdade, é espelho são.

O amigo se conhece na adversidade.

O amor a ninguém dá honra e a muitos dá dor.

O amor, ainda que cego para ver, é lince para adivinhar.

O amor ajuda os atrevidos.

O amor, como o menino, começa brincando e acaba chorando.

O amor cria o mundo, o dever governa-o.

O amor da glória faz os heróis; o seu desprezo faz os grandes homens.

O amor das mulheres e a rosa passam com o bom tempo.

O amor de amos e a água em cesto entram tarde e saem prestos.

O amor de Deus vence, todo o al perece.

O amor dos asnos entra a coices e sai a bocados.

O amor dos asnos entra aos coices e sai aos bocados.

O amor e a ambição são dois hóspedes mui turbulentos.

O amor e a fé, nas obras se vê.

O amor é a mais forte das paixões, porque ataca ao mesmo tempo a cabeça, o coração e o corpo.

O amor e a morte vencem o mais forte.

O amor é cego.

O amor é cego, mas vê muito ao longe.

O amor é coisa séria.

O amor é como a guerra: depois de declarado, não há mais paz.

O amor é como a lua, quando não cresce, é forçoso que diminua.

O amor é como a lua, quando não cresce, míngua.

O amor é como a morte: ninguém sabe quando vem.

O amor é como o sol: a nuvem cobre, mas não apaga.

O amor é como sarampo: todos temos de passar por ele.

O amor é como um incêndio: quanto maior é, menos atura.

O amor é doce no começo, mas amargo no fim.

O amor é eterno enquanto dura.

O amor é forte como a morte.

O amor é na mocidade o que a mocidade é na vida, o que a vida é na eternidade, isto é, um relâmpago.

O amor e o dinheiro, é chocalheiro.

O amor e o menino começam brincando e acabam chorando.

O amor e o ódio andam coladinhos.

O amor e o reino não querem parceiro.

O amor e reino, não quer parceiro.

O amor entra pela janela e sai pela porta.

O amor entra pelos olhos.

O amor faz milagres.

O amor faz muito, e o dinheiro, tudo.

O amor faz passar o tempo, e o tempo faz passar o amor.

O amor move o mundo.

O amor não conhece lei.

O amor não tem lei.

O amor no velho traz culpa e no mancebo, fruto.

O amor novo vai e vem, mas o velho se mantém.

O amor parece-se com a lua: quando não cresce, é forçoso que diminua.

O amor pode muito.

O amor pode muito, o dinheiro pode tudo.

O amor pode muito, o dinheiro, tudo.

O amor-próprio é o maior inimigo da verdade.

O amor-próprio ofendido não perdoa nunca.

O anão, quanto mais alto sobe, menor parece.

O ânimo é o sustentáculo na adversidade.

O apetite é o melhor dos temperos.

O aplauso dos néscios é, para os sábios, assuada.

O apressado come cru.

O ar que cada um se quer dar, não vale o que procura deixar.

O arado barbudo, e o lavrador barbado.

O arrependimento lava a culpa.

O arroz está queimando.

O artista dá às graças um vestido.

O asno agüenta a carga, mas não a sobrecarga.

O asno para o pó, o rocim para o lodo, e o macho para todos.

O áspide e a víbora se emprestam peçonha.

O ataque é a melhor defesas.

O ausente nunca tem razão.

O avarento é o guardião de sua fortuna.

O avarento e o necessitado gastam dobrado.

O avarento é o verdugo de si mesmo.

O avarento não é dono, mas escravo da riqueza.

O avarento não tem, e o pródigo não terá.

O avarento não tem parente nem amigo.

O avarento, onde tem o tesouro, tem o entendimento.

O avarento, por cinco réis, perde um cento.

O avarento, por um real, perde cem.

O avarento, por um real, perde um cento.

O avarento rico não tem parente nem amigo.

O avaro é causa da sua miséria.

O avaro gasta dobrado.

O avaro não tem, o pródigo não terá.

O azar anda acompanhado.

O azeite e a verdade andam sempre ao de cima.

O azeite é meio serralheiro.

O bacalhau quer alho.

O bácoro, a fome e o frio fazem grande arruído.

O barato sai caro.

O barro e o gado deitam água por uma frincha.

O bater do ferro é que faz o ferreiro.

O beijo é como o cigarro: não sustenta, mas vicia.

O bem, como a pintura, de longe é que se procura.

O bem é mal conhecido, enquanto não é perdido.

O bem e o mal se harmonizam de tal modo, que deles resulta a renovação e perpetuidade deste mundo.

O bem-fazer floresce, e todo o al perece.

O bem-fazer floresce, e todo o mal perece.

O bem-fazer não se perde.

O bem ganhado se perde, e o mal, seu amo e ele.

O bem ganhado se perde, mas o mal, ele e seu dono.

O bem guisado abre a vontade de comer.

O bem não dura e o mal chega.

O bem não é conhecido senão depois que é perdido.

O bem não é para quem o busca.

O bem não se conhece, senão depois que se perde.

O bem nunca enfada.

O bem pensado nunca sai errado.

O bem que não fizeres, dos teus não esperes.

O bem que se faz num dia é semente de felicidade para o dia seguinte.

O bem que se faz, nunca foi perdido.

O bem roubadinho, bem poupadinho, vale tanto como o bem ganhadinho.

O bem saber é calar, até ser tempo de falar.

O bem se deve crer de todos e de ninguém o mal sem provas.

O bem só é conhecido depois de perdido.

O bem só se conhece quando se perde.

O bem soa, e o mal voa.

O bem tarda e foge, e o mal chega e dura.

O besouro também ronca, vai-se ver, não é ninguém.

O bobo, se é calado, por sisudo é respeitado.

O bocado é para quem o come, e não para quem o faz.

O bocado não é para quem o faz, e, sim, para quem o logra.

O bocado não é para quem o faz, mas para quem o come.

O boi bravo, mudando a terra, é mudado.

O boi bravo na terra alheia se faz manso.

O boi come a palha, e o rato, o trigo.

O boi da tua vaca, e o moço da tua braga.

O boi é que sofre, o carro é que geme.

O boi, estando em terra alheia, até as vacas lhe dão.

O boi luzidio nunca tem fastio.

O boi pega no arado, mas não do seu grado.

O boi pega no arado, mas não por seu grado.

O boi pega-se pelos chifres, o homem, pela palavra.

O boi pela ponta, o homem pela língua.

O boi pela ponta, o homem pela palavra.

O boi sabe em que cerca se encosta.

O boi solto bem se lambe.

O boi trava no arado, mas não do seu grado.

O bolo se prova comendo.

O bom amigo é o parente mais próximo.

O bom amo faz o criado.

O bom aparelho faz o bom oficial.

O bom-bocado não é para quem o faz.

O bom-bocado não é para quem o faz, mas para quem o come.

O bom cão não ladra em falso.

O bom cão não ladra em vão.

O bom cavalo guia o cavaleiro.

O bom chefe anima sempre, todo o rigor está na lei.

O bom conselho não tem preço.

O bom coração quebranta má ventura.

O bom coração sofre, e o bom siso ouve.

O bom criado é malfadado.

O bom da verdade não admite suspeita.

O bom da viagem é quando se chega em casa.

O bom dado é prevenir ao desejo.

O bom dia, mete-o em casa.

O bom dizedor antes perde um amigo que um bom dito.

O bom é bom, mas o melhor vence.

O bom e o bem nunca enfadam.

O bom filho à casa paterna volta.

O bom filho à casa torna.

O bom fruto vem da boa semente.

O bom ganhar faz o bom gastar.

O bom juiz ouve o que cada um diz.

O bom julgador julga os outros por si.

O bom julgador por si se julga.

O bom junto ao pequeno fica maior, e junto ao mau fica pior.

O bom marinheiro se conhece na tempestade.

O bom marinheiro se conhece no mau tempo.

O bom modo e o bom falar a todos agrada sem nada custar.

O bom mosto sai ao rosto.

O bom mosto salta ao rosto.

O bom nadador acaba afogado.

O bom nadador é que se afoga.

O bom namorado dissimulado engana.

O bom não é ser importante: o importante é ser bom.

O bom não quer mal ao mau.

O bom pagador da bolsa alheia é senhor.

O bom pagador é herdeiro no alheio.

O bom pagador não receia pena.

O bom pai ame-se, e o mau, sofra-se.

O bom pai ame-se, o mau sofra-se.

O bom pano na arca se vende.

O bom passadio faz o homem sadio.

O bom passarinho ama o seu ninho.

O bom pastor tosa as ovelhas, mas não as esfola.

O bom pastor tosquia, mas não esfola o seu rebanho.

O bom peso faz vender o pão.

O bom por si se gaba.

O bom por si se gaba, o mau por si se acaba.

O bom princípio é a metade.

G