PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS

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Página dos Provérbios

O4

O ladrão cuida que todos o são.

O ladrão cuida que todos tais são.

O ladrão, da agulha ao ouro, e do ouro à forca.

O ladrão julga pelo seu mau coração.

O ladrão que anda com o frade, ou o frade será ladrão, ou o ladrão frade.

O ladrão todos cuida que são da sua condição.

O lapidário conhece a pedra.

O leão às vezes é manjar de pequenas aves.

O leão não caça pardais.

O leão não é tão mau como o pintam.

O leão pode precisar do rato.

O leão real não faz mal.

O leitão com vinho torna-se menino.

O leitão de um mês, o pato de três.

O leitão e o pato, do cutelo ao espeto.

O leitão e os ovos dos velhos fazem novos.

O leite disse ao vinho: vem cá, meu amiguinho!

O liberal busca ocasião para dar.

O linho por ser ouro não é grande tesouro.

O linho, quem o alisa, esse o fia.

O lobo com fome cardos come.

O lobo e a golpelha ambos são de um conselho.

O lobo e a golpelha fizeram uma conselha.

O lobo e a raposa ambos são de um conselho.

O lobo está na fábula.

O lobo faminto não tem assento.

O lobo muda o pelo, mas não o vezo.

O lobo perde o pelo, mas não perde o vício.

O lobo perde os dentes, mas não o costume.

O lobo perde os dentes, mas não o costume de morder.

O lobo sem dentes se faz ermitão.

O lombo da gente é correia da pele.

O lombo da gente é fiador da língua.

O longo uso dos anos se converte em natureza.

O louco pela pena é cordo.

O louvor em boca própria é vitupério.

O lugar de um dia perdido nunca mais é preenchido.

O lume ao pé da estopa, vem o diabo e sopra.

O luxo irrita a inveja, sem atrair o respeito.

O luxo que faz viver cem pobres, faz morrer cem mil.

O macaco é bonito veado aos olhos de sua mãe.

O macaco não olha para o rabo.

O macaco ri-se do rabo da cutia e não vê o seu.

O macaco ri-se do rabo da cutia, mas não vê o seu.

O macaco vê o rabo da cutia e não vê o seu.

O maior carvalho saiu duma bolota.

O maior castigo da injúria é havê-la feito.

O maior dos abusos é respeitá-los.

O maior peixe é o que escapa do anzol.

O mais amigo, prega-o.

O mais difícil é começar.

O mais difícil é o primeiro passo.

O mais importante na vida não é a situação em que estamos, mas para onde nos movemos.

O mais lembrado, o mais esquecido.

O mais perigoso dos doces que se pode comer é o bolo de casamento.

O mais prudente convence o mais valente.

O mais prudente é o que cede.

O mais recomendado, leva-o o gato.

O mais ruim do lugar mais porfia no falar.

O mais ruim do lugar porfia mais por falar.

O mais sagrado dom da mulher é a virtude.

O mais seguro dos asilos é um gabinete de estudo.

O mais seguro golpe erra caminho.

O mais seguro meio de nos enganarmos é o de nos julgarmos infalíveis.

O mal adquirido é mal luzido.

O mal adquirido não chega a netos.

O mal-agradecido não é bem nascido.

O mal alheio dá conselho.

O mal alheio pesa como um cabelo, por grande que seja.

O mal de muitos meu conforto é.

O mal de muitos meu consolo é.

O mal de nossos avós, fizeram-no eles, pagamo-lo nós.

O mal descoberto descobre a saúde.

O mal desconhecido é o mais temido.

O mal do cornudo, ele não o sabe, e sabe-o todo o mundo.

O mal do meu burrinho ensina o meu vizinho.

O mal do olho coça-se com o cotovelo.

O mal do olho cura-se com o cotovelo.

O mal dos meus burricos é que me fez alveitar.

O mal dos outros é consolo de parvos.

O mal e o bem à cara vêm.

O mal e o bem à face vêm.

O mal engendra o mal.

O mal entra às braçadas e sai às polegadas.

O mal entra às braças e sai às polegadas.

O mal está na raiz.

O mal está nos olhos de quem o vê.

O mal fechado, mal guardado.

O mal ganhado, leva-o o diabo.

O mal ganhado o diabo leva.

O mal informado mete marcha no mundo.

O mal não se deve vencer com o mal.

O mal não tarda a quem, prevenido, não se guarda.

O mal que da tua boca sai, em teu peito cai.

O mal que da tua boca sai, em teu seio cai.

O mal que faz o lobo, apraz ao corvo.

O mal que não se pode remediar, aligeira-o a paciência.

O mal que não tem cura é a loucura.

O mal tem asas, e o bem anda com passo de tartaruga.

O mal vem a cavalo e vai a pé.

O mal vem às braçadas e sai às polegadas.

O mal voa, e o bem soa.

O malfeito é da conta de todo mundo.

O manso boi touro foi.

O mar não está para peixe.

O mar, que é mar, não está sempre cheio.

O mar, que é mar, nem sempre dá; hoje não há, amanhã haverá.

O mar se parte, se em regatos se reparte.

O mar também ronca, e eu mijo nele.

O mar tem mistérios, e mistérios de Deus.

O marido barca e a mulher arca.

O marido e o linho, não é escolhido.

O marido é sempre o último a saber.

O marido enganado é o último a saber.

O mau ano tem os dias longos.

O mau ao bom enoja, que ao mau não ousa.

O mau artífice queixa-se da ferramenta.

O mau cobrador faz o mau pagador.

O mau costume melhor se corrige hoje que amanhã.

O mau costume tarde se perde.

O mau crê nas maldades, e o bom, nas virtudes.

O mau é réu que não para o céu.

O mau exemplo pega como sarampo em berçário.

O mau operário queixa-se da ferramenta.

O mau por todo preço é caro.

O mau sempre cuida em enganos.

O mau som dana a cantiga.

O mau vizinho vê o que entra, mas não vê o que sai.

O mau zelo empeçonhenta o entendimento.

O médico dá o remédio, a natureza cura.

O médico deve ser prudente, o enfermo paciente, e o criado diligente.

O medo aumenta o perigo.

O medo dá asas.

O medo da guerra é a maior garantia da paz.

O medo é do tamanho que se quer.

O medo é mau companheiro.

O medo é o pai da crença.

O medo é que guarda a vinha, e não o cão.

O medo é quem guarda a vinha.

O medo faz ainda mais tiranos que a ambição.

O medo guarda a vinha, e não o vinhateiro.

O medo guarda a vinha, e não o vinheiro.

O medo guarda a vinha, que não o dinheiro.

O medo mete a lebre a caminho.

O medo põe asas nos pés.

O medo segue quem mal vive.

O medroso até da sombra tem medo.

O mel é pouco e os lambedores muitos.

O mel não é para a boca do asno.

O melão e a mulher conhecem-se pelo rabo.

O melão e a mulher maus são de conhecer.

O melão e a mulher pelo rabo se hão de conhecer.

O melão e a mulher ruins são de conhecer.

O melão e o queijo, tomá-los a peso.

O melhor amigo é o dinheiro.

O melhor bocado é o furtado.

O melhor burro precisa de duas esporas.

O melhor caju é do porco.

O melhor cavalo já encheu barriga de urubu.

O melhor da festa é esperar por ela.

O melhor da missa é chegar no fim.

O melhor das cartas é não se pegar nelas.

O melhor das cartas é não jogar.

O melhor dos dados é não jogá-los.

O melhor é inimigo do bom.

O melhor espelho é o amigo velho.

O melhor lance de dados é não jogá-los.

O melhor médico é o que se procura e não se encontra.

O melhor meio de ganhar é poupar.

O melhor modo de chegar a ser rico é ser pobre nos desejos.

O melhor nadador se afoga.

O melhor penso do cavalo é o penso do seu dono.

O melhor prejudica o bom.

O melhor tempero é a fome.

O menino e o cachorrinho vão para onde lhes fazem o ninho.

O menino e o escaravelho, a sua mãe parecem de ouro.

O menino e o escaravelho, a sua mãe parecem espelho.

O menino e o passarinho vão para onde lhes fazem o ninho.

O menino é o pai do homem.

O menino engorda para crescer, e o velho para morrer.

O mentir exige memória.

O mentir não paga sisa.

O mentir quer memória.

O mentir vem do pouco ver e do muito ouvir.

O mentiroso larga a honra a pouco preço.

O mesmo canivete me corta pão e dedo.

O mesmo é negar que tarde dar.

O mesmo risco que corre o pau, corre o machado.

O mesmo sapato não serve em todos os pés.

O meu criado criado tem, quando eu o mando, manda ele também.

O meu dinheiro, que é manso, não o quero fazer bravo.

O meu é meu; o teu é nosso.

O meu é que me dá de comer.

O meu quinhão a dinheiro.

O milagre é acreditar nele.

O milho plantado tarde dá pendão, não dá espiga.

O milho plantado tarde não dá palha, nem espiga.

O milho plantado tarde não pode dar boa espiga.

O milho sachado tarde não dá palha nem espiga.

O mimo desensina.

O mimo lança a perder os filhos.

O mimo perde os filhos.

O mimo põe a perder os filhos.

O moço de bom juízo, quando velho, é adivinho.

O moço dormindo sara, e o velho se acaba.

O moço e o amigo, nem pobre, nem rico.

O moço malcriado do seu muito fala e perguntado cala.

O moço malcriado do seu muito fala, e, sendo perguntado, cala.

O moço oficial faça o que lhe mandam, e não fará mal.

O moço pode morrer; o velho não pode viver.

O moço por não querer e o velho por não poder deixam as coisas perder.

O moço por não saber e o velho por não poder deitam as coisas a perder.

O moço por não saber e o velho por não poder deixam as coisas perder.

O moço preguiçoso, para não dar uma passada, dá oito.

O moço preguiçoso, por não dar uma passada, dá oito.

O moço que não é castigado, nem será cortesão nem letrado.

O modo a tempo vence mais que a porfia.

O moinho faz-se para moer.

O momento foge como um relâmpago.

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