PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS

Indice  Bibliografia  C1  C2  C3  C4

Página dos Provérbios

C1

Cá e lá más fadas há.

Cá se fazem, cá se pagam.

Cá tão pobre como ele o avaro vive.

Cabaça que leva leite, nunca mais deixa a catinga.

Cabeça de vadio, hospedaria do diabo.

Cabeça de vadio, hospedeira do diabo.

Cabeça louca não há mister touca.

Cabeça que não tem juízo, quem o paga é o corpo.

Cabeça vadia, morada do diabo.

Cabeça vazia é oficina do diabo.

Cabeça vazia, morada do diabo.

Cabeça vazia, oficina do diabo.

Cabelo branco é capim de cemitério.

Cabelo branco é sinal de besteira.

Cabelo branco não é juízo.

Cabelo hoje, cabelo amanhã, fica um homem careca.

Cabelo longo e curto o siso.

Cabelo ruim é igual a bandido: ou está preso, ou está armado.

Cabelos brancos, flores de cemitério.

Cabelos e cantar não fazem bom enxoval.

Cabelos longos, idéias curtas.

Cabra manca não quer sesta.

Cabra manca não tem sesta, e se a tem, pouco lhe presta.

Cabra mocha deu na outra.

Cabra não come azeitona e caga os caroços.

Cabra que sai à vinha, tal é a mãe, tal é a filha.

Cabra que vai à vinha, por onde pula a mãe, pula a filha.

Cabra que vai à vinha, por onde vai a mãe, vai a filha.

Cabra vai pela vinha; por onde vai a mãe, vai a filha.

Cabra vai pela vinha; tal é a mãe e tal a filha.

Cabresto de cavalo não enfreia boi.

Cabrito que berra, mamada que perde.

Cacareja, mas não bota ovo.

Cacarejar e não pôr ovo.

Cacarejar não é pôr ovo.

Caça, guerra, amores, por um prazer, cem dores.

Caça, pesca, guerra e amores, por um prazer, muitas dores.

Caça ruim é que estraga mundéu.

Cachaça pode mais que Deus, porque Deus dá juízo, e cachaça tira.

Cachaça tira o juízo, mas dá coragem.

Cachaça vai subir de preço.

Cachaceiro não tem segredo.

Cachorra apressada pare filhos cegos.

Cachorro bom de tatu morre de cobra.

Cachorro bom nunca late em vão.

Cachorro cotó não passa pinguela.

Cachorro cotó não salta pinguela.

Cachorro de caça sai à raça.

Cachorro de cozinha e moça que anda sozinha, não faz fiança para ninguém.

Cachorro de cozinha não quer colega.

Cachorro de dois donos morre de fome.

Cachorro de raça caça.

Cachorro ensinado não suja a casa do dono.

Cachorro magro, as pulgas o comem.

Cachorro molenga só come com os olhos.

Cachorro mordido de cobra até de lingüiça tem medo.

Cachorro mordido de cobra tem medo de corda.

Cachorro mordido, todo mundo morde.

Cachorro mordido, todos mordem.

Cachorro nambi não passa pinguela.

Cachorro picado de cobra tem medo de lingüiça.

Cachorro, por se avexar, nasceu com os olhos tapados.

Cachorro, quando tem medo, não late.

Cachorro que anda muito, cria rabugem para si ou para o dono.

Cachorro que anda muito, encontra bordão.

Cachorro que anda muito, encontra cacete.

Cachorro que come ovelha, só deixa depois que morre.

Cachorro que come ovelha, só morto se endireita.

Cachorro que engole osso, nalguma coisa se fia, ou na volta do pescoço ou nalguma travessia.

Cachorro que engole osso, toma a medida do pescoço.

Cachorro que enjeita osso, pau nele.

Cachorro que foi mordido de cobra, tem medo até de lingüiça.

Cachorro que fuça tatu, acha mordida de cobra.

Cachorro que fuça tatu, encontra mordida de cobra.

Cachorro que ladra, não morde.

Cachorro que ladra à lua, quer sarna para se coçar.

Cachorro que muito anda, apanha pau ou rabugem.

Cachorro que muito late, é mau companheiro.

Cachorro que não tem pulga, já teve, ou ainda vai ter.

Cachorro rabicó não passa pinguela.

Cachorro velho não aprende truque.

Cachorro velho não aprende novos truques.

Cachorro velho não ladra em vão.

Cachorro velho não late à toa.

Cachorro velho não se acostuma com coleira.

Cachorro velho, quando ladra, dá aviso.

Cachorro velho, quando late, dá conselho.

Cada Abel tem o seu Caim.

Cada asno com seu igual.

Cada asno tem seu igual.

Cada bocado de doçura te há de custar uma amargura.

Cada bufarinheiro louva seus alfinetes.

Cada cabeça, cada juízo.

Cada cabeça, cada sentença.

Cada cabeça, sua sentença.

Cada cabeça, uma sentença.

Cada cabelo faz sua sombra na terra.

Cada cabelo faz sua sombra na testa.

Cada carneiro por seu pé pende.

Cada casa é um mundo.

Cada casa tem seu tolo, e cada tolo, a sua mania.

Cada caso é um caso.

Cada cavadela, cada minhoca.

Cada cereja por seu pé pende.

Cada coisa a seu tempo.

Cada coisa com seu uso, cada roca com seu fuso.

Cada coisa em seu lugar.

Cada coisa por sua vez.

Cada coisa tem o seu tempo.

Cada cuba cheira ao vinho que tem.

Cada dia com sua agonia.

Cada dia ensina algo ao dia seguinte.

Cada dia peixe, amarga o caldo.

Cada dia tem seu cuidado, mas cada cuidado tem seu dia.

Cada dia tem sua pena e sua alegria.

Cada dia tem sua pena e sua esperança.

Cada dia três ou quatro, breve chegarás ao fundo do saco.

Cada doçura custa uma amargura.

Cada doido com sua doidice.

Cada doido com sua mania.

Cada doido tem sua doidice.

Cada doido tem sua tolice.

Cada escola que se abre é uma cadeia que se fecha.

Cada feira vale menos como o burro do Vicente.

Cada figo em sua figueira.

Cada formiga tem sua ira.

Cada galo canta no seu poleiro.

Cada galo canta no seu poleiro, e o bom, no seu e no alheio.

Cada homem tem em si um pequeno mundo.

Cada homem tem o seu costume.

Cada idade com seu prazer.

Cada leitão em sua teta.

Cada louco com sua mania.

Cada louco com sua teima.

Cada macaco no seu galho.

Cada maluco com sua mania.

Cada mocho a seu souto.

Cada mosca faz sua sombra.

Cada odre cheira ao vinho que tem.

Cada oleiro gaba a sua telha.

Cada oleiro gaba suas telhas.

Cada ovelha busca sua parelha.

Cada ovelha com sua parelha.

Cada ovo comido é um pinto perdido.

Cada pardal com seu igual.

Cada parto, cada ventura.

Cada passarinho canta sua canção.

Cada passarinho gosta do seu ninho.

Cada pássaro gosta do seu ninho.

Cada porco em seu chiqueiro, cada pinto em seu poleiro.

Cada porco tem seu Natal.

Cada porco tem o seu São Martinho.

Cada povo com seu uso, cada roca com seu fuso.

Cada povo tem o governo que merece.

Cada qual acode onde lhe dói.

Cada qual ama seu semelhante.

Cada qual aprecia o cheiro do seu monturo.

Cada qual aprende à sua custa.

Cada qual canta como tem graça e casa como tem ventura.

Cada qual carrega sua cruz.

Cada qual com o que Deus lhe deu.

Cada qual com seu bocado.

Cada qual com seu bocado de mau caminho.

Cada qual com seu igual.

Cada qual com seu igual, e cada ovelha com sua parelha.

Cada qual com seu saraquá.

Cada qual com sua baixeza; cada qual com sua altura.

Cada qual com sua cruz.

Cada qual com sua luz.

Cada qual com sua pereba.

Cada qual come do que gosta.

Cada qual como Deus o fez.

Cada qual como se amanha.

Cada qual conforme seu natural.

Cada qual constrói seu destino.

Cada qual cuide de si e Deus de todos.

Cada qual despende como seu braço se estende.

Cada qual diz da feira como lhe vai nela.

Cada qual diz da festa como lhe vai nela.

Cada qual diz das feiras como lhe vai nelas.

Cada qual é como Deus o fez.

Cada qual é dono de suas ventas.

Cada qual é dono do seu focinho.

Cada qual é dono do seu nariz.

Cada qual é filho de suas obras.

Cada qual é para o que nasce.

Cada qual é senhor de sua vontade.

Cada qual é senhor em sua casa.

Cada qual em seu ofício.

Cada qual entenda em seu ofício.

Cada qual enterra seu pai como pode.

Cada qual estende a perna até onde tem a coberta.

Cada qual estica o pé até onde lhe chega o lençol.

Cada qual estira o pé até onde lhe chega o lençol.

Cada qual faça por si, que Deus fará por todos.

Cada qual fala como quem é.

Cada qual fala da feira, conforme lhe vai nela.

Cada qual fala do que trata.

Cada qual faz a guerra conforme pode.

Cada qual folga com seu igual.

Cada qual folgue com seu igual.

Cada qual julga os outros por si.

Cada qual limpe a sua testada.

Cada qual nasce para os seus fins.

Cada qual no seu lugar.

Cada qual no seu ofício.

Cada qual peça a Deus fortuna.

Cada qual pendura o chapéu onde o braço alcança.

Cada qual procura suas melhoras.

Cada qual puxa a brasa para sua sardinha.

Cada qual sabe as linhas com que cose.

Cada qual sabe com quantas linhas se cose.

Cada qual sabe em que mato faz lenha.

Cada qual sabe onde lhe aperta a botina.

Cada qual sabe onde lhe aperta o sapato.

Cada qual sabe onde lhe doem os calos.

Cada qual sabe onde o sapato lhe aperta.

Cada qual sabe para seu proveito.

Cada qual sente o frio conforme anda vestido.

Cada qual sente o seu mal.

Cada qual sente para seu mal.

Cada qual sente seu mal.

Cada qual tem a idade que aparenta.

Cada qual tem a idade que parece ter.

Cada qual tem seu pedaço de mau caminho.

Cada qual tem sua pereba.

Cada qual trata do que é seu.

Cada qual trate de si e deixe os outros.

Cada qual varra a sua testada.

Cada roca com seu fuso, cada porca com seu parafuso.

Cada santo quer sua vela.

Cada santo tem seu nicho.

Cada santo tem seu círio.

Cada sujeito com seu defeito.

Cada terra com seu costume.

Cada terra com seu uso, cada furo com seu parafuso.

Cada terra com seu uso, cada preta com seu luso.

Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso.

Cada um acha prazer onde o encontra.

Cada um acode onde mais lhe dói.

Cada um berra conforme o rebanho que guarda.

Cada um canta como tem graça e casa como tem ventura.

Cada um carrega sua cruz.

Cada um chega a brasa à sua sardinha.

Cada um chora seu pranto no seu canto.

Cada um coça onde lhe come.

Cada um colhe aquilo que semeia.

Cada um colhe como semeia.

Cada um colhe conforme semeia.

Cada um colhe o que semeia.

Cada um colhe segundo semeia.

Cada um com a sua certeza.

Cada um com a sua mania.

Cada um com seu cada qual.

Cada um come do que faz.

Cada um come do que gosta.

Cada um condena o que não tem, para não confessar o que lhe falta.

Cada um dá o que tem.

Cada um dá o que tem, a mais não é obrigado.

Cada um dança como tem os amigos na sala.

Cada um dança conforme a roda em que está.

Cada um dança conforme lhe tocam.

Cada um dança conforme o que tem na pança.

Cada um despende como seu braço se estende.

Cada um diz da feira como lhe vai nela.

Cada um é artífice de sua própria felicidade.

Cada um é como cada qual.

Cada um é como é.

Cada um é filho de seu pai.

Cada um é filho de suas obras.

Cada um é o obreiro da própria fortuna.

Cada um é para o que nasce.

Cada um é para o que nasceu.

Cada um é que sabe como se torce.

Cada um é que sabe onde dói o seu calo.

Cada um é que sabe onde o seu sapato aperta.

Cada um é que sabe se o seu bodoque bota longe ou perto.

Cada um é senhor em sua casa.

Cada um é um.

Cada um em seu ofício.

Cada um em sua casa, e Deus na de todos.

Cada um em sua casa é rei.

Cada um em sua casa, o diabo não tem o que fazer.

Cada um entende das passas que passou.

Cada um enterra seu pai como pode.

Cada um enterra seu pai conforme pode.

Cada um estenda a perna até onde tem coberta.

Cada um estenda a perna onde tem coberta.

Cada um estima o seu.

Cada um fala como quem é.

Cada um fala da feira como lhe vai nela.

Cada um fala do que trata.

Cada um fale do que trata.

Cada um faz como quem é.

Cada um faz geração por si.

Cada um faz no que sabe.

Cada um faz o que entende.

Cada um faz o que pode.

Cada um faz para si.

Cada um folga com o seu igual.

Cada um governa-se.

Cada um goza a seu modo.

Cada um julga os outros por si.

Cada um leva a água para o seu moinho.

Cada um mede o trigo alheio por seu alqueire.

Cada um na sua casa, e Deus na de todos.

Cada um na sua casa, o diabo fica na dele.

Cada um na sua casa, o diabo não tem o que fazer.

Cada um no seu canto sofre o seu tanto.

Cada um olhe para si, e já não faz pouco.

Cada um para si, e Deus para todos.

Cada um passou com a vida que tomou.

Cada um pede para o seu santo.

Cada um pensa no que interessa.

Cada um por seu turno.

Cada um por si, Deus por todos.

Cada um por si e Deus por todos.

Cada um procura o prazer onde o acha.

Cada um procura o seu semelhante.

Cada um puxa a brasa para sua sardinha.

Cada um que se governe.

Cada um que se lixe.

Cada um quer levar a água ao seu moinho e deixar seco o do vizinho.

Cada um quer vender o seu peixe.

Cada um sabe as linhas com que cose.

Cada um sabe as linhas com que se cose.

Cada um sabe com quantas cordas se amarra.

Cada um sabe como se amanha.

Cada um sabe como se torce.

Cada um sabe de si, e Deus, de todos.

Cada um sabe o que tem e o remédio que lhe faz bem.

Cada um sabe onde lhe aperta o sapato.

Cada um sabe onde o sapato lhe aperta.

Cada um se contente com o que Deus lhe dá.

Cada um se diverte como gosta.

Cada um se diverte como pode.

Cada um se diverte onde gosta.

Cada um se estende até onde vai a coberta.

Cada um se estende conforme a coberta.

Cada um se governa.

Cada um sente o frio como anda vestido.

Cada um sente o frio conforme a coberta.

Cada um sente o frio conforme a roupa que tem.

Cada um sente o seu.

Cada um sente o seu, e não o mal alheio.

Cada um sente o seu, e ninguém, o alheio.

Cada um sente o seu mal.

Cada um só goza a paz que o vizinho quer.

Cada um sonha como vive.

Cada um tem a sorte que merece.

Cada um tem seu gosto.

Cada um tem seu modo de catar pulgas.

Cada um tem seu modo de matar pulgas.

Cada um tem seu pé de pavão.

Cada um tem seus gostos.

Cada um tem seus podres.

Cada um tem sua hora e sua vez.

Cada um tira para seu santo.

Cada um toca o que sabe.

Cada um trata da sua, e Deus da de todos.

Cada um trata de si, e Deus, de todos.

Cada um trate de si antes de todo e de todos.

Cada um trate de si e deixe os outros.

Cada um vai à missa com a roupa que leva.

Cada um vai ao moinho com seu saco.

Cada um varre a porta de sua casa.

Cada um vê mal ou bem conforme os olhos que tem.

Cada um vê o argueiro no olho do vizinho e não vê a tranca no seu.

Cada um vê o argueiro no olho do vizinho e não vê a trave no seu.

Cada um veja o pão que lhe há de bastar.

Cada um vive a seu modo.

Cada uma que parece duas.

Cada vaso transpira o que dentro arrecada.

Cadeia foi feita para gente.

Cadeia se fez foi para homem.

Cadelas apressadas parem cães tontos.

Cadelas apressadas parem cães tortos.

Caem os muros, levantam-se os monturos.

Cães grandes nunca se mordem.

Café, do primeiro, e chá, do último.

Café, mulher e sopa, só quentes.

Café sem bucha, meu boi não puxa.

Cágado, para que queres botas, se tens as pernas tortas?

Caindo o céu, nós ficamos debaixo.

Caipora é o capim, que, quando não chove, não nasce, e, quando chove e nasce, o boi come.

Cair como a sopa no mel.

Cair como um patinho.

Cair de Cila em Caríbdis.

Cair do fogo nas brasas.

Cair feito um patinho.

Cair na esparrela.

Cair não é tropeçar.

Cair no conto do vigário.

Cair no laço.

Cair sete vezes e levantar oito.

Caititu fora da manada cai no papo da onça.

Caiu a sopa no mel.

Caiu-lhe a sopa no mel.

Caiu na rede, é peixe.

Caiu na rede que armou.

Caiu no laço que armou.

Caixa vazia é a que mais chocalha.

Caixeiro burro traz o patrão no curro.

Cajadadas de cego levam couro e cabelo.

Cajado mata coelho.

Cajueiro doce é que leva pedrada.

Cala-te, tolo, com teu prejuízo.

Calado como toucinho em saco.

Calar a verdade é enterrar ouro.

Calar é a sabedoria dos tolos.

Calar e calemos, pois todos de calar temos.

Calar é louvar.

G