PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS

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Página dos Provérbios

D3

O conhecimento do folclore, incluindo os provérbios, é um sinal da orientação do povo para as suas tradições e cultura, bem como a preservação das conquistas do povo. Afinal, qualquer envolvimento de palavras ou objetos na vida cotidiana é um lembrete e respeito pelo passado, mais sobre isso em best-writing-service.com.

 

Depois do lobo farto, quis jejuar o dia seguinte.

Depois do mal acontecido, todos o tinham adivinhado.

Depois do mal feito, todos o tinham previsto.

Depois do mal feito, todos sabem como se teria evitado.

Depois do olho furado é que se quebra o estrepe.

Depois do purgatório, a redenção.

Depois do trabalho é doce o repouso.

Depois dos anos mil torna a água a seu carril.

Depois que a cobra morde, é que a gente se pega com São Bento.

Depois que muitos filhos pari, nunca mais barriga enchi.

Depois que o diabo come, é que chegam as colheres.

Depois que rapar, não há que tosquiar.

Depois que se rapa, não se tosquia.

Depois que te enganei, não mais te amei.

Depois que tenho vacas e ovelhas, todos me fazem cumprimentos.

Depor aos pés de Deus a confiança é ter no coração muita esperança.

Deposita um tesouro no sepulcro, quem faz um velho herdeiro.

Depressa e bem, há pouco quem.

Depressa e bem, não faz ninguém.

Depressa e bem, não o faz ninguém.

Depressa e bem, ninguém.

Depressa se apanha o rato que só conhece um buraco.

Depressa se gasta o que depressa se ganha.

Depressa se toma o rato que só conhece um buraco.

Depressa se toma o rato que só sabe um buraco.

Depressa se vai o que depressa vem.

Depressa vai o tempo que depressa vem.

Deputado come milho, periquito leva a fama.

Desarmar o arco não sara ferida.

Descansai, mulheres, que caiu o forno.

Descascar o abacaxi.

Descobre-te perante a árvore que te cobre.

Descobrir um santo para cobrir outro.

Descobriu a pólvora!

Desconfia da generosidade dos que se queixam dos ingratos.

Desconfia-se do futuro, recordando-se o passado.

Desconfia-se sempre daquele que adula o poderoso, e o arrogante desconhece o seu semelhante.

Desconfiança é a mãe da segurança.

Desconfiar de homem que não fale e de cão que não ladre.

Descuidado sempre é necessitado.

Desculpa do amarelo é comer terra.

Desde que não me pagam, surdo me faço.

Desde que o mundo é mundo.

Desde que vestidos nos vemos, não nos conhecemos.

Desdita e caminho fazem amigos.

Desditas e caminhos fazem amigos.

Deseja o melhor e espera o pior.

Desejar é um dos modos de ser pobre.

Desejo chega sem pedir licença.

Desejo de doente, vista de barbeiro, serviço de mulher.

Desejo de soledade, muita virtude ou muita maldade.

Desejo e satisfação raro de acordo estão.

Desejos não enchem saco.

Desenterrar os mortos é murmurando.

Desfeitas sem razão dobradas são.

Desgraça de dez-tostões é se trocar.

Desgraça de pote é caminho de riacho.

Desgraça de quem pede é sujeitar-se a quem tem.

Desgraça grande faz esquecer a pequena.

Desgraça pouca é bobagem.

Desgraça, quando vem, nem que se feche a porta, ela entra pela janela.

Desgraça, quando vem, vem de chorrilho.

Desgraça só quer princípio.

Desgraçado é o bicho que não engole outro.

Desgraçado é o cachorro a que se dá o osso e ele não come.

Desgraçado é o cachorro a que se dá o osso e ele não pega.

Desgraçado o país em que o sabre da violência quebra a espada da justiça.

Desgraçado o pássaro que nasce em mau ninho.

Desleal e bom servidor, virás a ser senhor.

Desmanchar com os pés o que fez com as mãos.

Desmanchar e fazer, tudo é aprender.

Desmentir com razão é bofetada sem mão.

Desonrou-me minha vizinha uma vez, e eu desonrei-me três.

Despe um santo para vestir outro.

Desperdiçar não é grandeza.

Despertar o cão que dorme.

Despreza teu inimigo, logo serás vencido.

Desprezo da morte é honra da vida.

Desprezos há que honram os desprezados.

Desque maus chorei, cada dia me cresce porquê.

Dessa mezinha ponde vós nessa tinha.

Desse mato não sai coelho.

Dessa tinha pondes por essa cabecinha.

Desta idade em que estou nunca o doce me amargou.

Desta terra nada se leva.

Deste mato não sai coelho.

Destes e dos ungidos, escapam poucos.

Desventurado é o que por tal se julga.

Detrás da cruz está o diabo.

Detrás da porta do pobre, toda a vileza se esconde.

Deu Deus na eira, perdeu Maria na maceira.

Deu lenha para se queimar.

Deu-me Deus um ovo, e esse, goro.

Deu-o Deus na eira, perdeu-o Maria na macieira.

Deus aceita a boa vontade.

Deus adiante, o mar é chão.

Deus ajuda a quem cedo madruga.

Deus ajuda a quem muito madruga.

Deus ajuda a quem se ajuda.

Deus ajuda a quem trabalha.

Deus ajuda a quem trabalha, que é o capital que menos falha.

Deus ajuda o pobre, porque o rico pode ajudar-se.

Deus ajuda o rico, porque o pobre pode pedir.

Deus ajuda os diligentes.

Deus aperta, mas não enforca.

Deus, assim como dá a doença, dá o médico.

Deus bem sabe o que melhor cabe.

Deus castiga sem pau, nem pedra.

Deus cedo chama aqueles a quem ama.

Deus cobre com a capa, e o diabo descobre com o chocalho.

Deus consente, mas não para sempre.

Deus consente, mas não sempre.

Deus cura, o médico manda a conta.

Deus cura os doentes, e o médico recebe o dinheiro.

Deus dá a barba a uns e a vergonha a outros.

Deus dá a canga conforme o pescoço.

Deus dá as nozes, mas não as parte.

Deus dá asas a quem não sabe voar.

Deus dá couves a quem não tem toucinho.

Deus dá do seu bem.

Deus dá farinha, mas não amassa do pão.

Deus dá nozes a quem não tem dentes.

Deus dá nozes a quem não tem dentes, e dentes a quem não tem nozes.

Deus dá nozes, mas não as parte.

Deus dá o frio conforme a coberta.

Deus dá o frio conforme a roupa.

Deus dá o frio conforme o cobertor.

Deus dá o mal e a mezinha.

Deus dá o mal e dá a mezinha.

Deus dá o milho a quem não tem jirau.

Deus dá o pão, mas não amassa a farinha.

Deus dá o pão, mas o pobre não tem dentes.

Deus dá peneira a quem não tem farinha.

Deus desavenha quem nos mantenha.

Deus deu asas à formiga para se perder mais asinha.

Deus diante, o mar é chão.

Deus disse ao homem: trabalha, e eu te ajudarei.

Deus disse que quem ganhasse, que se risse.

Deus diz: faze tu, que eu te ajudarei.

Deus é bom, e o diabo não é mau.

Deus é bom, e o diabo não é ruim.

Deus é bom trabalhador, mas gosta que o ajudem.

Deus é brasileiro.

Deus é grande, e o mato é maior.

Deus é grande, e o mundo é largo.

Deus é mais largo em dar, que nós em pedir.

Deus é pai e não padrasto.

Deus é que cura, e o médico leva o dinheiro.

Deus é que sara, e o mestre leva a prata.

Deus escreve certo por linhas tortas.

Deus escreve direito por linhas tortas.

Deus está ao lado dos mais fortes.

Deus está diante dos amigos.

Deus está no céu.

Deus faz nascer o sol sobre os bons e os maus.

Deus faz o que quer, e o homem, o que pode.

Deus fecha uma porta e abre um cento.

Deus fecha uma porta, mas abre dez janelas.

Deus julga o que conhece, os homens, o que não conhecem.

Deus lhe dê uma boa hora.

Deus livre minhas colmeias do que não gosta de mel.

Deus mais tem para dar que o diabo para tirar.

Deus manda o frio conforme o cobertor.

Deus manda trabalhar, não manda adivinhar.

Deus me dê contenda com quem me entenda.

Deus me dê pai e mãe na vida e, em casa, trigo e farinha.

Deus me dê pai e mãe na vila e, em casa, trigo e farinha.

Deus me defenda do amigo, que do inimigo me defendo eu.

Deus me livre de justiças novas e chaminés velhas.

Deus me livre daquele que estudou num livro só.

Deus me livre de maus vizinhos ao pé da porta.

Deus me livre do homem de um livro só.

Deus me livre dos bons, que dos outros me livrarei eu.

Deus me livre dos sonsos, que dos outros me livrarei eu.

Deus mede o vento à ovelha tosquiada.

Deus mo deu, Deus mo tirou.

Deus mora na igreja, não sai de casa e, inda por cima, se tranca dentro do sacrário.

Deus não come nem bebe, mas julga o que entende.

Deus não dá asa a cobra.

Deus não dorme.

Deus não é de vingança, mas castiga pela mansa.

Deus não fez o mundo num dia.

Deus não fia toucas que tira a uma e da a outras.

Deus não lê nas caras, e sim nos corações.

Deus não manda nem cozido nem assado.

Deus não pode estar em todos os lugas, e, por isso, fez as mães.

Deus não queira nas minhas colmeias abelha que não coma mel.

Deus não quis saber de irmãos.

Deus não se pôs na cruz por um só.

Deus não se queixa, mas o que é seu não deixa.

Deus não se queixa, mas o seu não deixa.

Deus nos dá o boi e não o chifre.

Deus nos guarde de ano que entra com abade e sai com frade.

Deus nos livre de inimizades de amigos.

Deus nos livre de maus vizinhos de ao pé da porta.

Deus nos livre de moça adivinha, de mulher ladina, de hora minguada e de gente que não tem nada.

Deus nos livre de moça adivinha, de mulher latina, de hora minguada e de gente que não tem nada.

Deus nos livre de quem mal nos quer e bem nos fala.

Deus nos livre do etcétera de escrivão e do quiproquó de boticário.

Deus nunca fechou um porta que não abrisse outra.

Deus o dá, Deus o leva.

Deus o deu, Deus o levou.

Deus os fez, Deus os juntou.

Deus os fez, e o diabo os ajuntou.

Deus paga a quem em maus passos anda.

Deus pediu, e não serviu.

Deus por todos, e cada um por si.

Deus protege os bêbedos.

Deus protege os inocentes.

Deus, quando dá filhos, não é fiado nos pais.

Deus, quando fez o dinheiro redondo, foi para ele rodar.

Deus, quando tarda, vem chegando.

Deus, que dá a doença, dá o remédio.

Deus, que é eterno, faz que cada um tenha o seu dia.

Deus, que o marcou, alguma coisa nele achou.

Deus que te assinalou, algum defeito te encontrou.

Deus querendo, água fria é remédio.

Deus sabe o que faz.

Deus sabe o que nos está melhor.

Deus se manifestará, e tudo medrará.

Deus só dá milho a quem não tem jirau.

Deus tarda, mas não falha.

Deus tarda, mas não falta.

Deus te dê em dobro o que me desejares.

Deus te dê o bem e casa em que o tenhas.

Deus te dê o dobro do que me desejas.

Deus te dê o que te falta, que é o fole e a gaita.

Deus te dê ovelhas e filhos para elas.

Deus te dê saúde e gozo, casa com quintal e poço.

Deus te guarde do párrafo do legista, e do infra do canonista, e do etcétera do escrivão, e do récipe do charlatão.

Deus te guarde do párrafo de legista, o infra de canonista, e etcétera de escrivão, e do récipe de mata-são.

Deus te guarde de pena, de dano e de homem descuidado.

Deus te guarde de perda, de dano e de homem denodado.

Deus te mate, filho, e o povo ao meu inimigo.

Deus te proteja, e a mim não desampare.

Deus te veja vir, com as pernas a bulir.

Deus tudo pode.

Deus vê o que o diabo esconde.

Detesta-se o avarento, porque nada há que ganhar com ele.

Devagar chego depressa.

Devagar com o andor, que o santo é de barro.

Devagar com o andor, que o santo quer mijar.

Devagar e manso se desata qualquer enliço.

Devagar e sempre.

Devagar e sempre se chega lá.

Devagar pensa e age depressa.

Devagar pensa e obra depressa.

Devagar, que tenho pressa.

Devagar se vai ao longe.

Devagar se vai ao longe, e quem depressa caminha se consome.

Devagar também é pressa.

Deve-se confiar alguma coisa ao acaso.

Deve-se dançar conforme a música.

Deve-se dar o seu a seu dono.

Deve-se fugir de quem nos louva e aturar quem nos ofende.

Deve seguir o dar nas ancas do prometer.

Deve temer a muitos aquele a quem muitos temem.

Deve tomar-se o dinheiro por aquilo que ele vale.

Devemos procurar a mulher antes com os ouvidos que com os olhos.

Dever é honra; pagar é brio.

Dever, só a alma a Deus.

Dever só é ruim para quem deve.

Devo, não nego; pagarei quando puder.

Devo, não nego; pagarei quando tiver.

Dia a dia, morreu minha tia.

Dia bom, mete-o em casa.

Dia comprido é o que se passa sem comer.

Dia de muito, véspera de nada.

Dia de muito, véspera de pouco.

Dia de purga, dia de amargura.

Dia de são nunca, de tarde.

Dia de tosquia, dia de sangria.

Dia em dia, casarás Maria.

Dia em que não me enfeitei, veio a casa quem eu não cuidei.

Dia frio e dia quente fazem andar o homem doente.

Dia grande tem véspera.

Dia nenhum sem bem algum.

Dia perdido nunca é preenchido.

Diabo, diabo, tanto pica a pega, que quebra o bico.

Dias de muito, véspera de pouco.

Dias passados, fogueiras mortas; quem os recorda, revolve cinzas.

Diferença há de Pedro a Pedro.

Difícil de fazer é calar depois de ouvir e ver.

Diga minha vizinha, e tenha eu meu saco de farinha.

Digna de nome e fama é a mulher que não tem fama.

Digo danado o cão que me quer mal.

Digo-o a vós nora para que me entendais sogra.

Digo-te filha, entende-me nora.

Digo uma, digo outra, quem não fia, não tem touca.

Digo uma e digo outra, quem não fia, não faz touca.

Dinheiro achado não é roubado.

Dinheiro adiantado, mal parado.

Dinheiro amuado, barco de carreira parado.

Dinheiro, assim como veio, assim vai.

Dinheiro assim como vem, vai.

Dinheiro atrai dinheiro.

Dinheiro chama dinheiro.

Dinheiro compra tudo.

Dinheiro compra tudo, até amor verdadeiro.

Dinheiro dá senhoria.

Dinheiro de contado ganha soldado.

Dinheiro de ladrão não engorda cristão.

Dinheiro de onzena com seu dono come à mesa.

Dinheiro de padre e brasileiro não chega a terceiro.

Dinheiro de pobre é igual a sabão: pega na mão, escorrega.

Dinheiro de pobre parece sabão: quando ele pega, escorrega da mão.

Dinheiro de tolo é patrimônio do avisado.

Dinheiro de trouxa é farra de sabido.

Dinheiro é a medida de todas as coisas.

Dinheiro é chave que destranca toda porta.

Dinheiro e estrume, só presta espalhado.

Dinheiro e fruta só serve para se comer.

Dinheiro e mulher bonita é quem governa este mundo.

Dinheiro e mulher, mostrado está em véspera de ser roubado.

Dinheiro, e não conselhos.

Dinheiro é que faz dinheiro.

Dinheiro é que faz guerra.

Dinheiro é remédio.

Dinheiro é remédio, fiado só amanhã.

Dinheiro é remédio para todos os males.

Dinheiro é sangue.

Dinheiro é saúde, fiado só amanhã.

Dinheiro e saúde só têm valor depois que se perde.

Dinheiro em cobre é para pobre; dinheiro em ouro, a quem o tem causa bom agouro.

Dinheiro em fundo de baú é que nem mijo de ovelha: não serve nem arremedeia.

Dinheiro emprestado, dinheiro arriscado.

Dinheiro emprestado, inimigo ganhaste.

Dinheiro emprestaste, inimigo ganhaste.

Dinheiro emprestado, mal parado.

Dinheiro emprestado não seja mais reclamado.

Dinheiro emprestado parte rindo e volta chorando.

Dinheiro emprestado parte rindo, mas volta chorando.

Dinheiro espalhado é mais difícil de ajuntar do que égua de lote de arribar.

Dinheiro faz batalha, que não braço longo.

Dinheiro faz o mar chão.

Dinheiro ganha dinheiro.

Dinheiro guardado dura muito.

Dinheiro guardado dura muito tempo.

Dinheiro haja!

Dinheiro mal ganhado, água o deu, água o levou.

Dinheiro muito, fartura de poucos.

Dinheiro não atura desaforo.

Dinheiro não cai do céu.

Dinheiro não compra felicidade.

Dinheiro não compra tudo.

Dinheiro não dá em árvore.

Dinheiro não deita cheiro.

Dinheiro não é capim.

Dinheiro não tem cheiro.

Dinheiro não tem dono.

Dinheiro não traz felicidade.

Dinheiro não traz felicidade, mas ajuda.

Dinheiro não traz felicidade, mas ajuda a sofrer com conforto.

Dinheiro não traz felicidade, sobretudo quando é pouco.

Dinheiro nunca é demais.

Dinheiro, o rei verdadeiro.

Dinheiro pouco é que nem barata em terreiro de galinha.

Dinheiro, se fosse piolho, todo mundo podia ter.

Dinheiro sobre penhor e sobre palavra, e, tendo, pela fralda.

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